quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mr. Barish


Começou com o som do contra baixo acompanhado do piano.
Sentei e abri a caixa, e tudo caído sobre a cama me trazia algumas lembranças que eu coleciono, mas q havia deixado meio de lado. Tudo avançou como outro'ra havia desejado, e por conta disso esqueci do começo.

As coisas começam sempre meio confusas, e o tempo se encarrega de tudo, o tempo e o carteiro.
O carteiro é amigo do tempo, ele pode acelerar algumas coisas, ou manter o atraso, manter a saudade.
O tempo só é amigo de si mesmo, e de quem ele escolhe num minuto - mas só num minuto, pq pra ele nem faz diferença.


Comecei a reler as coisas que vc me escrevia. Tanta ternura, e um toque leve de beijo nos meus olhos. Comecei a relembrar das tardes e noites, do silencio absoluto do mundo pra q eu pudesse te entender.
Coleciono de vc, mais do q palavras, mais do q presença, pq vc já é parte de mim, está comigo mais viva do q eu mesmo me sinto.

Me sinto confuso hoje, e as ultimas batidas leves já vão sendo deixadas nos pratos sonoros, as letras já estão desaparecendo da tela, ele chora e joga a fita k7 pela janela. Está confuso, e o filme vai começar com ele assim. Temos muitas coisas em comum, e me sinto como uma caricatura disso tudo.

Não consigo me desprender das cartas que continuam na minha mão, mas não vão ser mais lidas hoje. Vão voltar pra caixa de sapatos no meu guarda-roupa, outra hora elas vão voltar trazendo mais alegria. Vão dispensar a tristeza q hoje eu trouxe a elas.

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