segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Asas .

Fiquei olhando pra ponta dos cabelos tingidos de preto dela, e pensando como eu iria dizer q tava novamente pensando em mudança...


Minha avó não é muito favorável a minha mudança. Ela vem se queixando e demonstrando ultimamente q se sente um pouco só.

Minha família é uma família que tem o dialogo muito aberto, partindo já da minha avó. Minha avó aos 60 e tantos anos, se queixa da falta q o paquera dela vem fazendo a ela. Paquera é um tipo carinhoso q ela usa ao se referir ao namorado dos últimos 20 anos. Ela nunca gostou de usar termos como Marido. Talvez por ter se casado uma única vez, e não guardar nostalgia alguma desse casamento. Ela prefere se lembrar do paquera dela, e usar dessa palavra q soaria estranho na boca de um jovem dos tempos atuais, mas q soa quase como uma gíria moderna saindo da boca dela.


Tenho muito medo de deixar minha avó sozinha, neste tempo q voltei à convivência com ela, pude reparar como pode ser ruim sentir o tempo passar rápido pra algumas pessoas.


Queria q o tempo passasse muito mais rápido pra mim do q pra ela, queria chegar ainda aos 50 anos de vida ouvindo ela me chamar de filhotinho, tal qual uma grande mãe guarda seus filhos debaixo das grandes asas. Asas de anjo.


Não sei ainda de que forma direi a ela, minha vida vem gritando por mudanças. Queria q não fosse assim, queria ter as asas pequenas, mas minha avó mesmo me disse certa vez q as asas só tem valor se servirem pra te fazer voar. Ela q já voou tanto nessa vida sabe bem o q diz, mas fico num incerto dilema, se saio e uso as minhas, ou se continuo me protegendo nas dela.




Um comentário:

Manoela disse...

O dia que você parar de dar as caras aqui, eu devo morrer.

:D